76º Capitulo http://www.youtube.com/watch?v=4B5yz4uTjow
Olho-os. Chegou o momento da verdade. Não posso continuar a ocultar-lhes a verdade sobre a minha vida. A verdade sobre o que atormenta a minha existência.
- Antes que comeces a pensar que eu sabia alguma coisa sobre o rapto, tenho a dizer-te que não sabia de nada.
Bill perscruta-me seriamente. Não diz nada, apenas observa, juntamente com Tom que se encontra agora sentado na cama ao lado do irmão.
Puxo o cadeirão do quarto para perto da cama e sento-me, olhando-os.
O seu olhar inquisidor faz-me sentir desconfortável.
Vão chamar-me maluca. E mandar-me embora daqui.
Engulo em seco e olho-os novamente. Aperto as mãos uma na outra e ganho força para falar. Abano a cabeça e começo.
- Já não posso continuar a esconder isto. E vocês não merecem que eu o faça, vocês merecem saber o que se passa. Eu sei que me vão achar doida, mas o que eu vos vou contar é a mais pura verdade. Desde os doze anos que eu adquiri uma espécie de “poder”, não sei como lhe chamar, mas a verdade é que eu sonho com mortes.
Eles olham-me perplexos. Continuo.
- Eu sonho com a morte de pessoas que de alguma forma estão ligadas a mim, amigos, família, vizinhos, conhecidos. Não me perguntem porquê, não vos sei responder a isso, apenas vos sei dizer que as mortes com que sonho acontecem como eu as sonhei alguns dias depois e eu não tenho como evitar estes sonhos. Mas sei que não são os meus sonhos que provocam as mortes, são essas mortes que querem que eu as veja. Mas não sei porquê nem para quê.
- Foi assim que soubeste onde eu estava? Tu viste-me morrer?
- Sim, eu vi-te olhar para o gato no postigo e depois desmaiar. Se não tivesses sido encontrado naquele momento, tinhas…morrido…
Ele e Tom engolem em seco mas ficam em silêncio, provavelmente tentando digerir as informações. Muita informação em poucos minutos.
- Podem chamar-me maluca e mandar-me embora daqui. Eu já sei que é isso que acontece e por isso não o conto a ninguém.
- Não! Nós não te vamos mandar embora. – Bill estende-me a mão, levanto-me a agarro-a, chegando-me para perto dele – Eu amo-te e fico feliz por nos teres contado o teu segredo. Nós não contamos a ninguém, não é Tom?
- Sim, claro. Fica só entre nós.
Uma enfermeira entra no quarto para vir buscar Bill para fazer exames e interrompe a nossa conversa. Tom decide ir à casa de banho e eu fico no corredor a caminhar de lado para lado.
Ouço música, suave, a sair de um dos quartos. Aproximo-me e entreabro a porta.
77º Capitulo
Dentro do quarto deitado numa cama branca está um pequeno rapaz, aparenta não mais de seis anos. Dorme calmamente ao som de uma música suave, que sai de um pequeno rádio em cima de uma mesa. Tem uma máscara de oxigénio na cara que o ajuda a respirar e está ligado a uma máquina que mede os seus batimentos cardíacos.
Aproximo-me da cama e olho-o mais de perto. Uma pele muito branca que lhe dá um aspecto bastante frágil e cabelos muito negros, cor de pena de corvo. Abre lentamente os olhos e olha-me sorrindo-me, com os seus olhos negros muito abertos.
Sorrio-lhe em resposta. Ele ergue o braço direito e afasta um pouco a máscara de oxigénio, para poder falar.
- Lês-me uma história? – pergunta-me em inglês, enquanto me aponta um livro em cima da mesa junto ao rádio.
Aproximo-me da mesa e pego no livro, também ele inglês.
Deve ser inglês.
Pego no livro e leio a capa, “Pular a cerca”, sorriu ao ler o nome da história. Puxo a cadeira para junto da sua cama e sento-me nela, começando depois a ler-lhe a história.
Acabo de ler a história e reparo que ele adormeceu entretanto. Sorriu. O seu sereno sono traz-me uma calma indescritível. Já não me sentia tão calma há muito tempo.
Tenho saudades tuas, Mar.
A porta atrás de mim abre-se. Uma mulher de cabelos negros como o menino entra e olha-me espantada.
- O que faz aqui?
- Desculpe. – levanto-me - Eu ouvi a música e entrei. Ele pediu-me para lhe ler uma história. – mostro-lhe o livro – Então fiquei mais um pouco.
Ela sorri e pega no livro das minhas mãos, pousando de seguida na mesa onde o encontrei. Aproxima-se do rapaz e beija-o na testa, passando uma mão pelos seus cabelos. Ele não parece notar a sua chegada e continua a dormir calmamente.
- Ele não costuma falar com estranhos. Mas parece que gostou de ti, ele nem as enfermeiras deixa que lhe leiam histórias. Senta-te.
Aponta-me uma cadeira mais pequena do outro lado da cama, vou até lá e transporto a cadeira para perto da dela.
- Sou a Hanah. Ele é o meu filho, Joshua. Somos ingleses mas viemos viver para cá quando o meu marido mudou de trabalho. Agora…Bem, agora somos só nós os dois, o meu marido morreu num acidente de carro o ano passado.
- Lamento. Eu sou a Chris, sou portuguesa. Estou a viver cá há pouco tempo. O que tem ele?
Olho-os. Chegou o momento da verdade. Não posso continuar a ocultar-lhes a verdade sobre a minha vida. A verdade sobre o que atormenta a minha existência.
- Antes que comeces a pensar que eu sabia alguma coisa sobre o rapto, tenho a dizer-te que não sabia de nada.
Bill perscruta-me seriamente. Não diz nada, apenas observa, juntamente com Tom que se encontra agora sentado na cama ao lado do irmão.
Puxo o cadeirão do quarto para perto da cama e sento-me, olhando-os.
O seu olhar inquisidor faz-me sentir desconfortável.
Vão chamar-me maluca. E mandar-me embora daqui.
Engulo em seco e olho-os novamente. Aperto as mãos uma na outra e ganho força para falar. Abano a cabeça e começo.
- Já não posso continuar a esconder isto. E vocês não merecem que eu o faça, vocês merecem saber o que se passa. Eu sei que me vão achar doida, mas o que eu vos vou contar é a mais pura verdade. Desde os doze anos que eu adquiri uma espécie de “poder”, não sei como lhe chamar, mas a verdade é que eu sonho com mortes.
Eles olham-me perplexos. Continuo.
- Eu sonho com a morte de pessoas que de alguma forma estão ligadas a mim, amigos, família, vizinhos, conhecidos. Não me perguntem porquê, não vos sei responder a isso, apenas vos sei dizer que as mortes com que sonho acontecem como eu as sonhei alguns dias depois e eu não tenho como evitar estes sonhos. Mas sei que não são os meus sonhos que provocam as mortes, são essas mortes que querem que eu as veja. Mas não sei porquê nem para quê.
- Foi assim que soubeste onde eu estava? Tu viste-me morrer?
- Sim, eu vi-te olhar para o gato no postigo e depois desmaiar. Se não tivesses sido encontrado naquele momento, tinhas…morrido…
Ele e Tom engolem em seco mas ficam em silêncio, provavelmente tentando digerir as informações. Muita informação em poucos minutos.
- Podem chamar-me maluca e mandar-me embora daqui. Eu já sei que é isso que acontece e por isso não o conto a ninguém.
- Não! Nós não te vamos mandar embora. – Bill estende-me a mão, levanto-me a agarro-a, chegando-me para perto dele – Eu amo-te e fico feliz por nos teres contado o teu segredo. Nós não contamos a ninguém, não é Tom?
- Sim, claro. Fica só entre nós.
Uma enfermeira entra no quarto para vir buscar Bill para fazer exames e interrompe a nossa conversa. Tom decide ir à casa de banho e eu fico no corredor a caminhar de lado para lado.
Ouço música, suave, a sair de um dos quartos. Aproximo-me e entreabro a porta.
77º Capitulo
Dentro do quarto deitado numa cama branca está um pequeno rapaz, aparenta não mais de seis anos. Dorme calmamente ao som de uma música suave, que sai de um pequeno rádio em cima de uma mesa. Tem uma máscara de oxigénio na cara que o ajuda a respirar e está ligado a uma máquina que mede os seus batimentos cardíacos.
Aproximo-me da cama e olho-o mais de perto. Uma pele muito branca que lhe dá um aspecto bastante frágil e cabelos muito negros, cor de pena de corvo. Abre lentamente os olhos e olha-me sorrindo-me, com os seus olhos negros muito abertos.
Sorrio-lhe em resposta. Ele ergue o braço direito e afasta um pouco a máscara de oxigénio, para poder falar.
- Lês-me uma história? – pergunta-me em inglês, enquanto me aponta um livro em cima da mesa junto ao rádio.
Aproximo-me da mesa e pego no livro, também ele inglês.
Deve ser inglês.
Pego no livro e leio a capa, “Pular a cerca”, sorriu ao ler o nome da história. Puxo a cadeira para junto da sua cama e sento-me nela, começando depois a ler-lhe a história.
Acabo de ler a história e reparo que ele adormeceu entretanto. Sorriu. O seu sereno sono traz-me uma calma indescritível. Já não me sentia tão calma há muito tempo.
Tenho saudades tuas, Mar.
A porta atrás de mim abre-se. Uma mulher de cabelos negros como o menino entra e olha-me espantada.
- O que faz aqui?
- Desculpe. – levanto-me - Eu ouvi a música e entrei. Ele pediu-me para lhe ler uma história. – mostro-lhe o livro – Então fiquei mais um pouco.
Ela sorri e pega no livro das minhas mãos, pousando de seguida na mesa onde o encontrei. Aproxima-se do rapaz e beija-o na testa, passando uma mão pelos seus cabelos. Ele não parece notar a sua chegada e continua a dormir calmamente.
- Ele não costuma falar com estranhos. Mas parece que gostou de ti, ele nem as enfermeiras deixa que lhe leiam histórias. Senta-te.
Aponta-me uma cadeira mais pequena do outro lado da cama, vou até lá e transporto a cadeira para perto da dela.
- Sou a Hanah. Ele é o meu filho, Joshua. Somos ingleses mas viemos viver para cá quando o meu marido mudou de trabalho. Agora…Bem, agora somos só nós os dois, o meu marido morreu num acidente de carro o ano passado.
- Lamento. Eu sou a Chris, sou portuguesa. Estou a viver cá há pouco tempo. O que tem ele?
5 comentários:
OoOooOoOhhh ta taO lindaa*.*
kuntinua bitte...*.-
bye
küss
fikaa bem :)
«3
ameii *-*
o segredo...é um pouco estranho, nao?
xD
maiis!
küss*
Eu Sabia...
Adorei a parte da criança doente... está tao querido!!!!!!!
Adorei!!!!!!!!!
ta tao linda....
akela do menino doente ta tao fofinha...
e gostei tb da prte em k kontaste a verdade... ta brutal...
continua ta linda...
küss
th für immer und immer
Mais bitte ...
A tua fic e' excelente... xD
Enviar um comentário