segunda-feira, 6 de outubro de 2008

É Segredo... (59º e 60º Capitulos)



59º Capitulo

- Tom? Sai daí por favor.

Ele vira-se para mim, olha-me dois segundos e volta a olhar para a rua.

- A vista daqui de cima é bonita. – desce do muro e vem até mim.

Senta-se no chão e eu acompanho-o. Ele abraça as pernas pelos joelhos e encosta a cabeça neles. Olha o vazio. Abraço-o e pouso a cabeça em cima da sua.

- Tu já sabias, não já? Ela contou-te.

- Contou-me hoje, pouco antes de chegares. Tens de falar melhor com ela, Tom.

- Para quê? Eu amo-a e ela tem namorado. Não pode acontecer, não vai acontecer. Acabou. Foi um sonho bonito. Mas acabou. O amor não presta.

Solta uma lágrima e seguidamente muitas mais. Abraço-o. Ele retribui o abraço agarrando-me com força.

- Tem calma maninho… - conforto-o.

- Porquê? Porquê que na primeira vez que me apaixono por alguém tem de ser assim?

- Tem calma Tom. Tu vais apaixonar-te por outra e vão ser muito felizes. Afinal de contas não dizem que existem sete mulheres para cada homem no Mundo?

Ele sorri. Depois solta uma gargalhada.

- Só tu… Realmente vocês estão muito mal servidas. – ri-se novamente e seca as lágrimas.

- Vamos para baixo, maninho?

Ele assente e juntos entramos nas escadas e descemos os degraus que levam ao nosso andar. Os outros continuam desesperados à sua procura e suspiram de alívio ao vê-lo aparecer comigo.
Bill abraça-o com força. O amor entre eles é bonito de se ver. Amam-se e completam-se. Amor de gémeos. Não vivem um sem o outro.
Mais calmos cada um volta para o seu quarto. Coral fica para trás e aproxima-se de Tom.

- Podemos falar? – pergunta-lhe.

- Não vale a pena. Já foi tudo dito. Desculpa ter-te colocado nesta situação.

Tom vira as costas e entra no quarto. Para ele o assunto tinha acabado ali. Queria esquecê-la. Se é que isso é possível.



60º Capitulo

A manhã seguinte chega com um dia um pouco cinzento. Acordo cedo e arranjo-me sem acordar Bill. Saio do quarto e dirijo-me para o hospital sem tomar pequeno-almoço. Não tenho fome. Quero ir buscar Êlo o mais rápido possível.
Entro no hospital e a enfermeira que falou comigo no dia anterior vem até mim e pede-me que a siga. Vou com ela até ao quarto de Êlo.
Ela encontra-se sentada na cama já com as suas roupas e a carteira pousada na cama ao seu lado. Está pronta para vir embora.
Entro no quarto em silêncio. Nenhuma de nós diz nada. Ela levanta-se e vem ter comigo à porta despedindo-se da enfermeira pelo caminho.

- Tenha juízo menina. – diz-lhe a enfermeira em inglês antes de sair do quarto.

Percorremos o corredor do hospital em silêncio até à saída. Na entrada do hospital dirijo-me para um táxi e ela segue-me. Entramos no carro e sentamo-nos lado a lado. Dou as indicações ao condutor e ele arranca.
Sinto que ela me olha pelo canto do olho.

- Chris, eu…

- Falamos no hotel. – interrompo-a. Aquele não era o local para aquela conversa.

Poucos minutos depois o táxi pára na entrada do hotel. Pago e saio do carro seguida de Êlo e ambas seguimos para dentro, continuando um caminho silencioso até ao elevador e até sair dele.
Ao sair do elevador ela dirige-se para o seu quarto só depois percebendo que não tem o keycard. Olha para mim e eu chego perto da porta e abro-a. Deixo-a entrar e entro também.
Ela senta-se na beira da cama. Eu sigo para perto da janela e olho para fora. No vidro vejo o seu reflexo, ela olha-me.

- Então eram comprimidos para as dores de cabeça? – digo-lhe sem olhar para ela.

- Desculpa…

- Não me peças desculpa. É a tua vida. Se deres cabo dela o problema é teu e dos teus pais que vão ficar tristíssimos ao saber disto.

- Eles não podem saber…

- Eles têm de saber. Tu tens de te tratar. Tens de fazer desintoxicação. A única coisa que quero saber é porquê. Porquê, Êlo?

- Eu queria ter boas notas e ele disse que aquilo me ajudava para eu ter mais força para estudar, para poder estudar mais horas. Depois fui querendo sempre mais mais e mais. Depois…foi o que viste ontem. Eu vou fazer desintoxicação. – diz-me com as lágrimas nos olhos.

- Ele quem?

- O rapaz russo. Alexander Kournikóva. Foi ele que me arranjou aquilo.

Vou até junto dela e dou-lhe um beijo na testa. Ela olha-me tristemente. Dirijo-me para a porta.

- Vou ter com o Bill para arranjar as minhas coisas. Prepara-te que temos de ir embora.

Saio do seu quarto e entro no de Bill. Este já está acordado e arranjado, sentado na beira da cama à minha espera.

- Foste buscar a Êlo?

- Sim. E agora vim despedir-me de ti. O Jost já anda no corredor. Também tenho de me despedir da Caty. Ela fica cá.

Passados alguns minutos Jost vem bater à porta. Chegou a hora das despedidas.

3 comentários:

Anónimo disse...

Adoro a fic *.*

Anónimo disse...

OMG, tao giro!! *_*

É a hora da despedida... =(

Posta +, please! =)

Bjnhs! *

Anónimo disse...

OMG, tao giro!! *_*

É a hora da despedida... =(

Posta +, please! =)

Bjnhs! *