25º Capitulo
- Não precisas de ter vergonha. Eu estar aqui em boxers ou na praia em calções vai dar ao mesmo. – diz-me desvalorizando a situação.
- Bem… Pois…Realmente… - balbucio acabando por me deitar na minha “cama”.
Ele passa por mim deitando-se também. Fica a olhar para o tecto durante uns minutos e depois apaga a luz.
Já há algumas noites que não tenho o meu pesadelo de estimação.
Ainda bem…
Fogo! Não o tenho desde o outro…
Estou ocupada com os meus pensamentos quando ouço Bill movimentar-se na cama. E chamar-me baixinho:
- Chris? Estás acordada?
- Estou. Diz.
- Custa-me que estejas aí deitada no chão. Podias deitar-te aqui, ao meu lado. A cama chega para os dois.
- Eu estou bem Bill. Não te preocupes. – digo-lhe tentando terminar o assunto. Ele acende a luz e debruça-se na cama olhando para mim. – O que foi? Por que me olhas?
- Nada. Estava só a ver-te. – volta a pôr-se de barriga para cima olhando para o tecto – Não consigo parar de pensar…
- Em quê? – pergunto-lhe erguendo-me e ficando sentada em cima dos lençóis.
- No beijo… No beijo que me deste… No beijo que demos… No beijo que te quis dar na discoteca… - responde-me revirando os olhos – Estraguei tudo, não estraguei? Estraguei a nossa amizade. Fui um parvo. Deixei-me ceder. Pensei em ti como uma rapariga normal e não como uma amiga.
- Eu sou uma rapariga normal Bill. E fui eu que te beijei. Por isso esquece o assunto. – digo-lhe desvalorizando o assunto.
Os teus lábios sabem tão bem…
- Não consigo. – diz virando-se de barriga para baixo na cama – Não consigo deixar de pensar no beijo.
- Porquê?
- Porque… - cala-se, e depois diz baixinho – Porque eu gostei… E não devia…
- Esquece o assunto Bill. É passado. Não aconteceu nada. Esquece. – dou por terminado o assunto.
Falar disto dá-me vontade de te voltar a beijar.
E tu estás com remorsos pelo que aconteceu.
Burra! Não te devia ter beijado!
(---)
Passam-se mais duas semanas. Normais. Bill nunca mais falou no assunto e evita estar demasiado perto de mim.
Já temos tudo pronto para a viagem. Eles vão para a América e eu fico em Portugal, volto depois com eles. Tenho uma semana para resolver tudo lá.
- Não precisas de ter vergonha. Eu estar aqui em boxers ou na praia em calções vai dar ao mesmo. – diz-me desvalorizando a situação.
- Bem… Pois…Realmente… - balbucio acabando por me deitar na minha “cama”.
Ele passa por mim deitando-se também. Fica a olhar para o tecto durante uns minutos e depois apaga a luz.
Já há algumas noites que não tenho o meu pesadelo de estimação.
Ainda bem…
Fogo! Não o tenho desde o outro…
Estou ocupada com os meus pensamentos quando ouço Bill movimentar-se na cama. E chamar-me baixinho:
- Chris? Estás acordada?
- Estou. Diz.
- Custa-me que estejas aí deitada no chão. Podias deitar-te aqui, ao meu lado. A cama chega para os dois.
- Eu estou bem Bill. Não te preocupes. – digo-lhe tentando terminar o assunto. Ele acende a luz e debruça-se na cama olhando para mim. – O que foi? Por que me olhas?
- Nada. Estava só a ver-te. – volta a pôr-se de barriga para cima olhando para o tecto – Não consigo parar de pensar…
- Em quê? – pergunto-lhe erguendo-me e ficando sentada em cima dos lençóis.
- No beijo… No beijo que me deste… No beijo que demos… No beijo que te quis dar na discoteca… - responde-me revirando os olhos – Estraguei tudo, não estraguei? Estraguei a nossa amizade. Fui um parvo. Deixei-me ceder. Pensei em ti como uma rapariga normal e não como uma amiga.
- Eu sou uma rapariga normal Bill. E fui eu que te beijei. Por isso esquece o assunto. – digo-lhe desvalorizando o assunto.
Os teus lábios sabem tão bem…
- Não consigo. – diz virando-se de barriga para baixo na cama – Não consigo deixar de pensar no beijo.
- Porquê?
- Porque… - cala-se, e depois diz baixinho – Porque eu gostei… E não devia…
- Esquece o assunto Bill. É passado. Não aconteceu nada. Esquece. – dou por terminado o assunto.
Falar disto dá-me vontade de te voltar a beijar.
E tu estás com remorsos pelo que aconteceu.
Burra! Não te devia ter beijado!
(---)
Passam-se mais duas semanas. Normais. Bill nunca mais falou no assunto e evita estar demasiado perto de mim.
Já temos tudo pronto para a viagem. Eles vão para a América e eu fico em Portugal, volto depois com eles. Tenho uma semana para resolver tudo lá.
26º Capitulo
Quando desembarco do avião em Portugal tenho Cátia Vanessa à minha espera, a minha Caty.
Com os seus cabelos castanhos apanhados num rabo-de-cavalo e os seus olhos verdes perscruta todas as pessoas à sua volta tentando encontrar-me no meio da multidão que enche o hall do aeroporto. Aceno-lhe com um braço e ela vem ter comigo a correr abraçando-me mal me consegue alcançar.
Caty tem 19 anos e anda no segundo ano de estilismo. É divertida e maluca. Liguei-lhe pedindo para me vir buscar ao aeroporto. Preciso de ir à universidade falar com os meus amigos, contar-lhes a minha súbita decisão. Tenho medo das suas reacções. Caty sei que me apoiará em qualquer decisão que tome. Ela entende-me e eu entendo-a a ela. Sei que ficará feliz com a minha decisão.
Ela conduz até à universidade onde já combinei com o resto do grupo. Pára o carro e prepara-se para sair.
- Caty, espera. – peço-lhe – Antes de falar com eles, quero falar contigo primeiro.
- Eu sei o que vis dizer. Vais viver definitivamente para a Alemanha, não é?
- Sim… Bem… é isso.
- Tens todo o meu apoio, amiga. Vai em frente. Tu precisas e mereces uma mudança de ares. – abraço-a. Tal como esperava ele apoia a minha decisão. Agora falta falar com os outros.
Dirigimo-nos para o local combinado e quando chegámos lá Lisete, Andreia, Tiago e Natália já nos esperam. Cumprimento-os a todos e sentamo-nos a conversar.
No meio da conversa anuncio a minha decisão.
- O QUÊ? – pergunta Tiago levantando-se. Natália puxa-o para baixo fazendo-o sentar-se novamente. – Tu estás a pensar deixar tudo o que tens aqui para ir viver para um sítio que nem conheces?
- Já conheço um bocadinho. Sinto-me bem lá. Estou a precisar desta mudança. Vai fazer-me bem. – digo olhando para Tiago. Olho seguidamente par Lisete – Lamento muito pelo teu irmão Lisete.
- Obrigado Chris. Os primeiros dias é que custaram mais. Depois uma pessoa começa a habituar-se à ausência, não é?
- Pois… Tem de ser. – digo, pensando nos meus pais.
Andreia e Natália apoiam a minha decisão, tal como Lisete. Tiago é o mais reticente quanto à minha partida para a Alemanha.
- Afinal quem tens lá à tua espera? Quem te fez decidir ir para lá? – pergunta-me, muito sério.
- Amigos. Amigos que tenho lá e que me fazem esquecer tudo o que tenho de mau aqui. Eu vou continuar a falar convosco e a vir cá. E se quiserem ir visitar-me basta ligarem que eu vou buscar-vos ao aeroporto. Neste momento é isto que quero fazer.
O meu telemóvel toca na carteira, pego nele e olho para o visor. É Bill, ele tinha-me prometido que ligaria quando chegasse aos Estados Unidos. Afasto-me um pouco para atender. Quando volto para a beira deles sou bombardeada com perguntas.
- Eram eles? Os teus amigos? Quem é Bill? E Tom?
- Sim, eram eles. O Bill e o Tom são irmãos e é com eles que vou viver. Estão nos Estados Unidos e na quinta-feira passam aqui a buscar-me. Tenho de organizar tudo até lá.
- Mas… Tu vais mesmo? – pergunta-me Tiago pela centésima vez.
- Eu não vos vim perguntar se podia ir. Eu vim comunicar-vos a minha decisão. E espero que a aceitem e me desejem boa sorte. É isso que espero dos meus amigos.
Caty encontra-se alheia a tudo olhando felicíssima para o telemóvel. O namorado provavelmente. Gonçalo. Não gosto dele e ela sabe disso, disse-lho logo no dia em k o conheci. Ela aceita a minha opinião, mas diz que gosta dele e que quer estar com ele. Ela é que sabe, espero que ele não a faça sofrer.
Finalmente acorda do seu transe e olha seriamente para Tiago.
- Mas tu por acaso tens alguma coisa a ver com a vida dela? Ela quer ir embora, vai! Não tens de opinar sobre isso. Aceitas, desejas boa sorte e acabou o assunto. Não gostas, não comes.
Tiago olha para ela e abre e fecha a boca várias vezes, mas acaba por não contestar as suas palavras. Amua no seu canto e não diz mais nada o resto da tarde. Começa já a anoitecer quando me despeço deles, fico apenas com Caty que me leva até ao bar para conversar com Carlos e me demitir.
Carlos aceita bem a minha decisão, fica triste por perder uma empregada mas aceita. Milú e Paulo abraçam-me e choram, eles que me apoiaram quando me senti perdida vêem-me agora dar um novo rumo à minha vida. Choram de alegria por eu finalmente estar a tentar encontrar o meu caminho. Encontrar a minha felicidade.
Obrigado amigos.
Sem vocês já não estaria aqui.
27º Capitulo
Caty leva-me a casa e diz que quer ser ela a levar-me ao aeroporto daqui a quatro dias.
Entro em casa, uma casa escura e fria. Desabitada. Nota-se bem que não entra aqui ninguém à várias semanas, nota-se a ausência de vida nas paredes, nas divisões, nos objectos…
Percorro a casa em busca de objectos que quero levar comigo e empacotando o que quero que seja dado. Já liguei à minha madrinha a anunciar a minha decisão, ela não gostou, reclamou, mas não tem poder sobre a minha vida. Sou maior de idade, posso fazer o que quiser sem ter de dar satisfações a ninguém. Ela vai ficar encarregue da venda da casa, de dar um destino aos caixotes de objectos que amontoo-o na sala e de me enviar depois o dinheiro da venda.
A casa irá vender-se facilmente, é bem situada, não será difícil.
Caty e Andreia vêm todos os dias cá a casa ajudar-me a arrumar as coisas, verem as paredes ficar cada vez mais vazias.
- Esta casa tinha tanta vida. – diz Andreia sonhadora, deitando-se no chão da sala – Lembro-me da primeira vez que entrei aqui, um dia depois das aulas no 10º ano. Já lá vão 6 anos, Chris. Lembro-me de estarmos a destruir a cozinha a fazer panquecas nesse dia. A tua mãe ficou furiosa connosco por causa da desarrumação que fizemos na cozinha dela.
- Eu lembro-me. – digo-lhe, deitando-me também no chão ao seu lado. Caty deita-se também.
- Tivemos dias bons aqui. Um dia vamos juntar-nos todas outra vez aqui em Portugal ou quem sabe na Alemanha. Nunca se sabe as voltas que a vida dá.
- Sim. – concordámos eu e Andreia.
Os dias passam rápido, depressa chega o tão esperado dia de voltar à Alemanha. Caty leva-me ao aeroporto e juntas esperamos pela hora do meu voo.
- Caty? Promete-me que tens cuidado.
- Continuas assim por causa do Gonçalo? Tu não gostaste mesmo dele, pois não?
- Tu sabes que não. Se precisares de alguma coisa eu estou sempre disponível, tu sabes disso. Basta um telefonema.
- Eu sei, amiga. Não te preocupes. – diz-me dando-me um beijo na cara.
Olho em volta, Bill disse que me viria buscar ao hall com Saki. Continuamos à espera durante mais cerca de meia hora. De repente vislumbro Saki ao longe.
- Adeus Caty! Eles estão ali. – despeço-me dela apontando para Saki e Bill.
- Eles têm um segurança? Quem são eles?
- Agora não te posso dizer. Um dia saberás amiga. Adeus.
Encaminho-me para Bill e sou puxada por um braço com força para trás, quase caindo. Equilibro-me e olho para quem me puxou.
- O que estás aqui a fazer? Aleijaste-me! Tenho de ir. Eles estão à minha espera.
1 comentário:
aposto q foi o Tiago, nao ?
olha, chris, adoro a tua fic ! amanha sai mais um capitulo ? espero bem que sim =D
kuss
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