55º Capitulo
- Não! Eu nem sei o que ela toma. Ela sempre me disse que os comprimidos eram para as dores de cabeça.
- Foi o mesmo que me disse a mim. Eu acredito em ti. Aquilo eram anfetaminas. Ela vai ter de se tratar. Quando voltarmos para a Alemanha ela tem de ir ao hospital e fazer uma desintoxicação. Não pode tomar mais daquilo. Temos de estar de olho nela.
- Vamos estar. Ela não toma nem mais um comprimido daqueles. Chris?
- Sim.
- Ela deve tê-los trazido com ela. Deve tê-los na mala.
Olho para a minha carteira. Tinha trazido as coisas dela do hospital, inclusive o keycard. Levantamo-nos e saímos do quarto em direcção ao quarto de Êlo. Fechamos a porta para ninguém ver o que estamos a fazer. Apesar de ser uma área reservada, andam sempre empregadas e seguranças pelos corredores.
Abrimos a mala dela e tiramos a roupa. Não encontramos nada no meio da roupa nem nas bolsas que ela levava lá. Começamos a procurar pelo quarto, ela podia ter escondido aquilo no quarto. Não encontramos nada, mais uma vez. De repente tenho uma ideia. Volto para junto da mala. Apalpo o fundo da mala e as beiras.
Um fundo falso…
Ergo o fundo da mala e lá debaixo encontro um pequeno saco transparente com cerca de uma dúzia de comprimidos brancos dentro. Mostro o saco a Coral que cai em cima da cama, pálida.
- Tens noção que passamos no aeroporto com droga dentro de uma das malas? – pergunta-me, pálida, sem reacção.
- Era o que eu estava a pensar. Temos de nos livrar disto de alguma maneira. Temos de falar com o Saki. Ele é segurança, vai saber como nos ajudar.
- Sim. – acena com a cabeça, recuperando a cor do rosto.
Voltamos para o quarto dela, levo o saco escondido na minha carteira. Ligamos a televisão ainda a tempo de ver o encore dos Tokio Hotel no final do concerto. Lindo…
Ficamos na conversa as duas durante um bom par de horas. Coral age de modo estranho. Não pára quieta, está sempre a mexer em alguma coisa.
- Estás bem Coral? – pergunto.
- Estou. – bate o pé no chão nervosamente. – Bem… Não estou…
- Que se passa?
- Eu preciso de te contar uma coisa…
56º Capitulo
- Fala Coral.
Ela senta-se novamente no cadeirão à minha frente. Olha-me durante uns segundos ponderando o que dizer.
- Vou ser directa. Eu tenho namorado, Chris.
- O quê?! – fico perplexa a olhar para ela.
- É verdade. Eu sei que andavas intrigado sobre porquê que rejeito as investidas do Tom. Aqui tens. Eu tenho namorado. Ela vive na Bélgica, quando começamos a namorar eu já estava inscrita para Erasmus, por isso vim e ele ficou lá. Não gosto muito de falar da minha vida privada, por isso nunca vos contei nada disto.
- Tens de contar ao Tom.
- Não é preciso. Eu daqui por umas semanas vou embora e ele já nem se vai lembrar de mim. Sou apenas mais uma que ele queria para a colecção dele.
- Não, Coral. O Tom mudou. Mudou por ti! Porque está apaixonado por ti.
- Não brinques Chris…- ri-se.
- Não estou a brincar. – afirmo seriamente. Ela olha-me. – Estou a falar a sério. Ele está apaixonado por ti, ele ama-te e está a sofrer.
Ela levanta-se e sai para a varanda para digerir as minhas palavras. Ouço barulho no corredor e portas a abrir nos quartos ao lado deste.
Batem à porta.
Levanto-me e dirijo-me à porta. Vejo Coral espreitar para dentro do quarto. Abro a porta e do outro lado está Tom.
- Estás aqui? A Coral está aí contigo? A Caty encontrou-nos pelo caminho. Foi agora para o quarto. Parece que já resolveu o que queria.
- Sim, Tom. Está ali na varanda, entra. Ok, obrigado.
Afasto-me para o deixar passar e saio do quarto, antes de fechar a porta olho uma última vez para Coral. Esta olha-me a pedir ajuda. Desvio o olhar e fecho a porta.
Tens de fazer o que está certo.
Não adianta fugir.
Pobre Tom…
Vou pelo corredor para o meu quarto e de Bill. Mas a meio do caminho surge um vulto a sair do quarto de Georg. É Saki…
- Saki! Preciso de falar consigo! – dirijo-me a ele – Venha.
Puxo-o para o quarto de Êlo que abro com a chave que permanece em meu poder. Entramos e ofereço-lhe o cadeirão para ele se sentar. Sento-me na cama à sua frente.
Tiro o saco da carteira e mostro-lhe. Ele abre muito os olhos.
- Sabe o que isto é?
- Isso é droga! Onde arranjas-te isso?
- Estava aqui no quarto da Êlo. Ela teve uma overdose. Isto são anfetaminas e não sei como me livrar disto.
- Eu trato disso. Deixa estar.
Pega no saco, levanta-se e sai do quarto. Saio também a seguir a ele.
- Não! Eu nem sei o que ela toma. Ela sempre me disse que os comprimidos eram para as dores de cabeça.
- Foi o mesmo que me disse a mim. Eu acredito em ti. Aquilo eram anfetaminas. Ela vai ter de se tratar. Quando voltarmos para a Alemanha ela tem de ir ao hospital e fazer uma desintoxicação. Não pode tomar mais daquilo. Temos de estar de olho nela.
- Vamos estar. Ela não toma nem mais um comprimido daqueles. Chris?
- Sim.
- Ela deve tê-los trazido com ela. Deve tê-los na mala.
Olho para a minha carteira. Tinha trazido as coisas dela do hospital, inclusive o keycard. Levantamo-nos e saímos do quarto em direcção ao quarto de Êlo. Fechamos a porta para ninguém ver o que estamos a fazer. Apesar de ser uma área reservada, andam sempre empregadas e seguranças pelos corredores.
Abrimos a mala dela e tiramos a roupa. Não encontramos nada no meio da roupa nem nas bolsas que ela levava lá. Começamos a procurar pelo quarto, ela podia ter escondido aquilo no quarto. Não encontramos nada, mais uma vez. De repente tenho uma ideia. Volto para junto da mala. Apalpo o fundo da mala e as beiras.
Um fundo falso…
Ergo o fundo da mala e lá debaixo encontro um pequeno saco transparente com cerca de uma dúzia de comprimidos brancos dentro. Mostro o saco a Coral que cai em cima da cama, pálida.
- Tens noção que passamos no aeroporto com droga dentro de uma das malas? – pergunta-me, pálida, sem reacção.
- Era o que eu estava a pensar. Temos de nos livrar disto de alguma maneira. Temos de falar com o Saki. Ele é segurança, vai saber como nos ajudar.
- Sim. – acena com a cabeça, recuperando a cor do rosto.
Voltamos para o quarto dela, levo o saco escondido na minha carteira. Ligamos a televisão ainda a tempo de ver o encore dos Tokio Hotel no final do concerto. Lindo…
Ficamos na conversa as duas durante um bom par de horas. Coral age de modo estranho. Não pára quieta, está sempre a mexer em alguma coisa.
- Estás bem Coral? – pergunto.
- Estou. – bate o pé no chão nervosamente. – Bem… Não estou…
- Que se passa?
- Eu preciso de te contar uma coisa…
56º Capitulo
- Fala Coral.
Ela senta-se novamente no cadeirão à minha frente. Olha-me durante uns segundos ponderando o que dizer.
- Vou ser directa. Eu tenho namorado, Chris.
- O quê?! – fico perplexa a olhar para ela.
- É verdade. Eu sei que andavas intrigado sobre porquê que rejeito as investidas do Tom. Aqui tens. Eu tenho namorado. Ela vive na Bélgica, quando começamos a namorar eu já estava inscrita para Erasmus, por isso vim e ele ficou lá. Não gosto muito de falar da minha vida privada, por isso nunca vos contei nada disto.
- Tens de contar ao Tom.
- Não é preciso. Eu daqui por umas semanas vou embora e ele já nem se vai lembrar de mim. Sou apenas mais uma que ele queria para a colecção dele.
- Não, Coral. O Tom mudou. Mudou por ti! Porque está apaixonado por ti.
- Não brinques Chris…- ri-se.
- Não estou a brincar. – afirmo seriamente. Ela olha-me. – Estou a falar a sério. Ele está apaixonado por ti, ele ama-te e está a sofrer.
Ela levanta-se e sai para a varanda para digerir as minhas palavras. Ouço barulho no corredor e portas a abrir nos quartos ao lado deste.
Batem à porta.
Levanto-me e dirijo-me à porta. Vejo Coral espreitar para dentro do quarto. Abro a porta e do outro lado está Tom.
- Estás aqui? A Coral está aí contigo? A Caty encontrou-nos pelo caminho. Foi agora para o quarto. Parece que já resolveu o que queria.
- Sim, Tom. Está ali na varanda, entra. Ok, obrigado.
Afasto-me para o deixar passar e saio do quarto, antes de fechar a porta olho uma última vez para Coral. Esta olha-me a pedir ajuda. Desvio o olhar e fecho a porta.
Tens de fazer o que está certo.
Não adianta fugir.
Pobre Tom…
Vou pelo corredor para o meu quarto e de Bill. Mas a meio do caminho surge um vulto a sair do quarto de Georg. É Saki…
- Saki! Preciso de falar consigo! – dirijo-me a ele – Venha.
Puxo-o para o quarto de Êlo que abro com a chave que permanece em meu poder. Entramos e ofereço-lhe o cadeirão para ele se sentar. Sento-me na cama à sua frente.
Tiro o saco da carteira e mostro-lhe. Ele abre muito os olhos.
- Sabe o que isto é?
- Isso é droga! Onde arranjas-te isso?
- Estava aqui no quarto da Êlo. Ela teve uma overdose. Isto são anfetaminas e não sei como me livrar disto.
- Eu trato disso. Deixa estar.
Pega no saco, levanta-se e sai do quarto. Saio também a seguir a ele.
Como será que estão a correr as coisas entre a Coral e o Tom?