quinta-feira, 25 de setembro de 2008

É Segredo... (53º e 54º Capitulo)


53º Capitulo

Os dias passam estranhamente rápido. O dia 1 de Junho chega com uma manhã de sol. Já estamos no avião a caminho de Portugal. Como combinado vamos colocar as malas ao hotel, na mesma ala que eles. A gerência do hotel já está avisada da nossa chegada. Depois vamos passear até eles chegarem.
Saímos do táxi em frente à entrada do hotel onde um simpático funcionário se oferece para levar as malas enquanto fazemos o check-in. Vamos para os nossos quartos, que são grandes, grandes até demais, cheios de luxos desnecessários.

Eles realmente escolhem bem os hotéis…

Saiu do quarto e encontro Caty à espera no corredor. Está encostada à parede com ar pensativo. Vou até ela.

- É o último dia convosco… - diz-me quando me sente aproximar.

- Pois é… Mas já falta pouco para acabar o semestre. Podias ir fazer o próximo ano lá, na Alemanha.

- Achas? Não tenho nada que fazer lá… Para além de te ter a ti…

- E ao Georg…

Olha-me com ar de fúria e estica o braço para me dar um caldo. Fujo antes que me atinja e ela vem a correr atrás de mim. Começamos a correr e a rir pelo corredor como duas crianças.
Coral e Êlo saem ao mesmo tempo dos seus quartos vindo deparar-se com aquela linda cena. Começam a rir-se chamando a nossa atenção, que paramos de correr. Aproveitando um momento de distracção meu, Caty acaba por me dar o prometido caldo.
Caminhamos todas em direcção à saída do hotel. Vamos explorar a cidade. Estamos a chegar à porta que o empregado abre educadamente, quando Êlo me agarra o braço com força.
Olho para ela. Ela olha-me com uma expressão aterrorizada e sem dizer nada cai no chão desmaiada.

- Êlo?? Acorda! – bato-lhe na cara chamando-a, ela não dá sinais de vida – Chamem uma ambulância – falo em português para o empregado entender bem o que quero.

Poucos minutos depois aparece uma ambulância com dois paramédicos que ao verem que ela não reage decidem levá-la para o hospital.

- Eu vou com ela. Eu falo português é mais fácil. Quando os rapazes chegarem avisem-nos. Eles que não tentem ir lá, isso só chamaria as atenções. Eles que vão dar o concerto, que eu vou dando noticias.

Entro na ambulância juntamente com os paramédicos e arrancamos para o hospital. Ela é levada para uma sala de observações. Fico na sala de espera a desesperar. Passado cerca de uma hora vejo uma médica sair da sala.

- É familiar da menina?

- Sou amiga. Ela está cá comigo e com uns amigos. O que lhe aconteceu?



54º Capitulo

- A sua amiga estuda?

- Sim. Nós estudamos juntas na Alemanha.

- Não tem reparado em nenhum comportamento estranho nela?

- Bem…Não… Espere! Ela tem andado a tomar muitos comprimidos… Disse-me que eram para as dores de cabeça. Que anda com muitas dores de cabeça. Mas porquê tantas perguntas, doutora?

- As análises ao sangue da sua amiga revelaram que ela ingere anfetaminas. E pelos níveis que encontramos ela já é viciada. O que lhe quero dizer é que a sua amiga teve uma overdose.

Caio para trás e fico sentada na cadeira de onde me havia levantado. Vejo a médica afastar-se lentamente, como se não tivesse acabado de lançar uma bomba em cima de mim. Levanto-me e caminho até à porta do quarto de Êlo. Espreito pelo pequeno vidro da porta e vejo o seu corpo imóvel ligado a máquinas.

O que foste fazer Êlo…

A enfermeira que está dentro do quarto aproxima-se da porta e sai fechando-a atrás de si. Olha para mim e sorri.

- A sua amiga poderá ter alta amanhã. Mas aconselho que ela se trate quando voltarem para a Alemanha. A doutora disse-me que vocês não são daqui.

- Obrigado. – agradeço-lhe e continuo a olhar pelo pequeno quadrado transparente.

- Vá para casa descansar. Volte amanhã para buscá-la. Ela vai dormir até amanhã.

Olho uma última vez para Êlo, sinto a enfermeira afastar-se de mim. Viro costas ao quarto e dirijo-me à saída.
Apanho um táxi na entrada do hospital e volto para o hotel. Subo até ao meu quarto, o quarto está vazio, já são 20h os rapazes estão a dar o concerto a esta hora. Saio e bato na porta do quarto de Coral.
Espero um pouco. Ninguém responde. Passados alguns segundos ouço passos dentro do quarto. Coral abre a porta.

- Desculpa a demora. Estava na casa de banho. Entra. Como está a Êlo? Onde está ela?

Entro e sento-me na beira da cama. Ela arrasta o cadeirão e senta-se na minha frente. Olho para as mãos sem lhe responder.

- A Êlo ficou no hospital. Tem alta amanhã de manhã. Precisamos de ter uma conversa as duas.

- O que foi? O que lhe aconteceu? Por que é que ela desmaiou?

- A Êlo teve uma overdose. – digo-lhe seriamente, olhando-a nos olhos.

Coral encosta-se para trás no cadeirão digerindo a notícia. Parece meditar um pouco no assunto olhando para as pernas e fazendo vários gestos com as mãos.
Finalmente olha para mim e fala.

- Foi por causa dos comprimidos que ela andava a tomar?

- Sim, Coral. Coral vou fazer esta pergunta uma única vez. Espero que sejas sincera comigo. Eu acreditarei na tua palavra.

- Sim. Diz.

- Tu tomas o mesmo que a Êlo?

4 comentários:

Mia disse...

Sim ou ~não??

Rápido!!! *.*

Amy Allen disse...

uma overdose?!

ai Êlo... isso nao se faz paH

Será que a Coral tmb toma e é por isso que nao quer o Tom? (uma coisa nao tem nda a haver cm a outra x))

vê se postas mais, sim?

küss*

Anónimo disse...

OMG!!!

Lindo, pah, lindo!!! *_*

Sera k ela toma o mxm k a Êlo ou n?

Eu penso k sim...

Mx pk é k a Êlo tomava akilo?

Posta +, sim? =)

Bjnhs! *

Anónimo disse...

Está fantástica! *.*

Overdose...opa que cena :S

Küss***