49º Capitulo
Mexe nervosamente as mãos, Tom pelo contrário encontra-se estático com o olhar preso na televisão. Não fala, mexe ou sequer pestaneja.
- Bem, o que nós queremos dizer é que partimos amanhã em tour. – despeja Bill de uma só vez e falando muito rápido – Mas depois voltamos para os COMET e vamos embora outra vez. Vocês vêm ter connosco a Portugal para o Rock in Rio.
Eu e Caty olhamos uma para a outra.
- Então temos de nos despedir de vocês. As meninas vêm cá daqui por um bocado.
Ao ouvir as minhas palavras Tom acorda do seu transe. Olha para mim com os olhos muito esbugalhados e abre a boca para falar mas acaba por não dizer nada. Sorri, um grande sorriso.
- Vou ligar aos G’s. Eles vão querer despedir-se também. – acaba por dizer ainda com um grande sorriso.
Jantámos os quatro e pouco depois tocam à campainha. As meninas acabam de chegar. Entram e cumprimentam-nos. O sorriso de Tom é agora ainda maior do que antes. É giro ver o Tom apaixonado, anda com um sorriso parvo nos lábios e ajuda nas tarefas domésticas. Ficamos os quatro a conversar até que tocam novamente à campainha. Gustav apresenta-se agora na soleira da porta mostrando um grande sorriso ao ver Êlo. Entra e junta-se à conversa.
Caty olha incessantemente para o relógio e bate com o pé no chão nervosamente. Olha para mim e sorrio-lhe, ela retribui um sorriso cúmplice. Lê-mos as mentes uma da outra nestas situações. Ela espera Georg.
Depois de muita conversa chega finalmente Georg. Os pais não o tinham deixado sair mais cedo. Também queriam despedir-se dele. A primeira pessoa que cumprimenta mal entra a porta é Caty, que fica imensamente feliz ao vê-lo.
Conversam baixinho os dois. Gustav e Êlo também. Tom conversa comigo e com Bill e Coral também. Apesar de sentada no sofá ao lado de Tom, ela mantém uma certa distância dele. O sorriso que antes se formava na boca dele perante a expectativa de estar com ela, dá agora lugar a um olhar triste e melancólico.
Coral vai até à cozinha buscar um copo de água. Tom olha para mim e pisca-me o olho, levantando-se depois e dirigindo-se também ele para a cozinha.
(Na cozinha)
Tom entra e encontra Coral encostada ao balcão com o copo de água na mão a beber calmamente. Aproxima-se dela e encosta-se também ao balcão mas ficando virado para a porta, ao contrário dela que se encontra de frente para o balcão.
Ela olha-o pelo canto do olho.
- Posso falar contigo? – pergunta-lhe ele após alguns momentos de silêncio pesado.
- Sim. Claro. Diz.
- Vem comigo.
Ele pega-a pela mão e passa com ela pela sala indo para a varanda. Depois de também ela ter entrado na varanda ela encosta a janela e dirige-se a ela que tinha ido para junto do parapeito.
- Comprei-te uma coisa, Coral.
Ela vira-se para ele e fica a observá-lo a tirar uma caixinha pequena do fundo de um dos bolsos. Ele tira a caixa e põem-na direita com cuidado. Abre-a virada para ele.
Dentro da caixa encontra-se um fio de prata com um pequeno anjo prateado e brilhante pendurado. Vira a caixa para ela que abre a boca sem pronunciar nenhuma palavra.
- Posso guardar-te?
50º Capitulo
- Desculpa Tom. Não posso… Não podes… Vou para dentro.
Coral foge em direcção à janela preparando-se para entrar na sala novamente. Tom corre atrás dela agarrando-a numa mão. Ela olha-o suplicando-lhe que a deixe ir.
Ele fecha a pequena caixa com o colar e deposita-a na mão dela.
- Fica com ele. Foi comprado para ti, por isso é teu. – fecha a mão dela sobre a caixa e larga-a.
Ela abre a janela e entra sentando-se num canto do sofá. Tom entra e vai directo para o quarto sem falar com ninguém. Ao longe ouve-se a porta do quarto dele batendo com grande estrondo. Olho para Coral mas ela desvia o olhar colocando a caixa na carteira.
- Volto já, Bill.
Levanto-me e sigo pelo corredor até à última porta. Bato devagar. Nenhum som lá dentro. Bato novamente.
- Deixa-me Bill. Estou a descansar. – mente-me descaradamente.
- Não é o Bill, sou eu.
Ouço passos dentro do quarto e a porta abre-se devagar. Ele afasta-se novamente deitando-se de barriga para baixo na cama. Entro na penumbra do quarto apenas iluminado pela luz da lua que entra pela janela ao lado da cama. Olho para o quarto e vejo alguns CD’s espalhados pelo chão, claramente provenientes de quando ele entrara no quarto.
Sento-me na cama ao seu lado, acabando por me deitar de barriga para cima. Ouço o seu choro abafado.
- O que aconteceu?
- Ela deu-me com os pés outra vez – responde-me entre soluços – ofereci-lhe um colar, e ela recusou. Estou farto de estar apaixonado. O amor não presta. – atira uma almofada para o chão.
- Não digas isso, Tom. Não podes desanimar. Força rapaz. – viro a cara dele para mim – Tens de ir à luta.
Ele esboça um sorriso. A sua tristeza começava agora a dar lugar a uma secreta esperança. Limpa as lágrimas com a manga da camisola.
- Também amanhã vou viajar, vai servir para pôr as ideias em ordem.
- Sim. É isso.
Levanta-se e dá-me a mão para me ajudar a levantar também. Voltamos para a sala e ele senta-se no mesmo sofá que Coral mas na ponta oposta. Mantém a distância dela, embora lhe custe, prefere não a pressionar.
Continuamos na conversa até altas horas da noite. Eu e as outras meninas, excepto Caty, temos aulas no dia seguinte, mas não nos interessa, vamos estar muito tempo sem eles. Temos de nos despedir.
Cerca das três horas da manhã Gustav anuncia que tem de ir para casa e oferece-se para levar Êlo e Coral a casa. Elas aceitam e Georg decide que também são horas de ele próprio ir para sua casa. Dá um beijo na bochecha de Caty, dizendo-lhe algo junto ao ouvido, e sai com os outros três.
Coral sai de casa sem se despedir de Tom, apenas olha para ele pelo canto do olho ao passar para fora da porta.
Esta rapariga é estranha…
Tom vai para o seu quarto, percorrendo o corredor melancolicamente. Caty vai também deitar-se, bocejando um boa noite.
Eu e Bill vamos para o nosso quarto também, onde adormecemos abraçados. Ele não me pergunta se quero ir em tour. Sabe que para mim neste momento isso está fora de questão.
Mexe nervosamente as mãos, Tom pelo contrário encontra-se estático com o olhar preso na televisão. Não fala, mexe ou sequer pestaneja.
- Bem, o que nós queremos dizer é que partimos amanhã em tour. – despeja Bill de uma só vez e falando muito rápido – Mas depois voltamos para os COMET e vamos embora outra vez. Vocês vêm ter connosco a Portugal para o Rock in Rio.
Eu e Caty olhamos uma para a outra.
- Então temos de nos despedir de vocês. As meninas vêm cá daqui por um bocado.
Ao ouvir as minhas palavras Tom acorda do seu transe. Olha para mim com os olhos muito esbugalhados e abre a boca para falar mas acaba por não dizer nada. Sorri, um grande sorriso.
- Vou ligar aos G’s. Eles vão querer despedir-se também. – acaba por dizer ainda com um grande sorriso.
Jantámos os quatro e pouco depois tocam à campainha. As meninas acabam de chegar. Entram e cumprimentam-nos. O sorriso de Tom é agora ainda maior do que antes. É giro ver o Tom apaixonado, anda com um sorriso parvo nos lábios e ajuda nas tarefas domésticas. Ficamos os quatro a conversar até que tocam novamente à campainha. Gustav apresenta-se agora na soleira da porta mostrando um grande sorriso ao ver Êlo. Entra e junta-se à conversa.
Caty olha incessantemente para o relógio e bate com o pé no chão nervosamente. Olha para mim e sorrio-lhe, ela retribui um sorriso cúmplice. Lê-mos as mentes uma da outra nestas situações. Ela espera Georg.
Depois de muita conversa chega finalmente Georg. Os pais não o tinham deixado sair mais cedo. Também queriam despedir-se dele. A primeira pessoa que cumprimenta mal entra a porta é Caty, que fica imensamente feliz ao vê-lo.
Conversam baixinho os dois. Gustav e Êlo também. Tom conversa comigo e com Bill e Coral também. Apesar de sentada no sofá ao lado de Tom, ela mantém uma certa distância dele. O sorriso que antes se formava na boca dele perante a expectativa de estar com ela, dá agora lugar a um olhar triste e melancólico.
Coral vai até à cozinha buscar um copo de água. Tom olha para mim e pisca-me o olho, levantando-se depois e dirigindo-se também ele para a cozinha.
(Na cozinha)
Tom entra e encontra Coral encostada ao balcão com o copo de água na mão a beber calmamente. Aproxima-se dela e encosta-se também ao balcão mas ficando virado para a porta, ao contrário dela que se encontra de frente para o balcão.
Ela olha-o pelo canto do olho.
- Posso falar contigo? – pergunta-lhe ele após alguns momentos de silêncio pesado.
- Sim. Claro. Diz.
- Vem comigo.
Ele pega-a pela mão e passa com ela pela sala indo para a varanda. Depois de também ela ter entrado na varanda ela encosta a janela e dirige-se a ela que tinha ido para junto do parapeito.
- Comprei-te uma coisa, Coral.
Ela vira-se para ele e fica a observá-lo a tirar uma caixinha pequena do fundo de um dos bolsos. Ele tira a caixa e põem-na direita com cuidado. Abre-a virada para ele.
Dentro da caixa encontra-se um fio de prata com um pequeno anjo prateado e brilhante pendurado. Vira a caixa para ela que abre a boca sem pronunciar nenhuma palavra.
- Posso guardar-te?
50º Capitulo
- Desculpa Tom. Não posso… Não podes… Vou para dentro.
Coral foge em direcção à janela preparando-se para entrar na sala novamente. Tom corre atrás dela agarrando-a numa mão. Ela olha-o suplicando-lhe que a deixe ir.
Ele fecha a pequena caixa com o colar e deposita-a na mão dela.
- Fica com ele. Foi comprado para ti, por isso é teu. – fecha a mão dela sobre a caixa e larga-a.
Ela abre a janela e entra sentando-se num canto do sofá. Tom entra e vai directo para o quarto sem falar com ninguém. Ao longe ouve-se a porta do quarto dele batendo com grande estrondo. Olho para Coral mas ela desvia o olhar colocando a caixa na carteira.
- Volto já, Bill.
Levanto-me e sigo pelo corredor até à última porta. Bato devagar. Nenhum som lá dentro. Bato novamente.
- Deixa-me Bill. Estou a descansar. – mente-me descaradamente.
- Não é o Bill, sou eu.
Ouço passos dentro do quarto e a porta abre-se devagar. Ele afasta-se novamente deitando-se de barriga para baixo na cama. Entro na penumbra do quarto apenas iluminado pela luz da lua que entra pela janela ao lado da cama. Olho para o quarto e vejo alguns CD’s espalhados pelo chão, claramente provenientes de quando ele entrara no quarto.
Sento-me na cama ao seu lado, acabando por me deitar de barriga para cima. Ouço o seu choro abafado.
- O que aconteceu?
- Ela deu-me com os pés outra vez – responde-me entre soluços – ofereci-lhe um colar, e ela recusou. Estou farto de estar apaixonado. O amor não presta. – atira uma almofada para o chão.
- Não digas isso, Tom. Não podes desanimar. Força rapaz. – viro a cara dele para mim – Tens de ir à luta.
Ele esboça um sorriso. A sua tristeza começava agora a dar lugar a uma secreta esperança. Limpa as lágrimas com a manga da camisola.
- Também amanhã vou viajar, vai servir para pôr as ideias em ordem.
- Sim. É isso.
Levanta-se e dá-me a mão para me ajudar a levantar também. Voltamos para a sala e ele senta-se no mesmo sofá que Coral mas na ponta oposta. Mantém a distância dela, embora lhe custe, prefere não a pressionar.
Continuamos na conversa até altas horas da noite. Eu e as outras meninas, excepto Caty, temos aulas no dia seguinte, mas não nos interessa, vamos estar muito tempo sem eles. Temos de nos despedir.
Cerca das três horas da manhã Gustav anuncia que tem de ir para casa e oferece-se para levar Êlo e Coral a casa. Elas aceitam e Georg decide que também são horas de ele próprio ir para sua casa. Dá um beijo na bochecha de Caty, dizendo-lhe algo junto ao ouvido, e sai com os outros três.
Coral sai de casa sem se despedir de Tom, apenas olha para ele pelo canto do olho ao passar para fora da porta.
Esta rapariga é estranha…
Tom vai para o seu quarto, percorrendo o corredor melancolicamente. Caty vai também deitar-se, bocejando um boa noite.
Eu e Bill vamos para o nosso quarto também, onde adormecemos abraçados. Ele não me pergunta se quero ir em tour. Sabe que para mim neste momento isso está fora de questão.
Vou ter saudades tuas…
5 comentários:
*_______*
N tnh palavras para descrever esta maravilha... continua!!
Este foi dos episodios q mais gostei. Adoro ver o tom apaixonado, fica tao cute ^^
Continua =D
Opah, a Coral é uma casmurra do piorio! xD
Mx ela inda se vaia arrepender!
Tao giro!! *_*
Posta +, sim? =)
Bjnhs! *
tenho pena do Tom!
Ele ofereceu-lhe um colar! que queridoo!
Mas ela deu-lhe com os pés =(
aii continuuua!!!
bjinhO
A tua fic está cada vez melhor!
Parabéns =D
Küss***
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