quinta-feira, 24 de julho de 2008

É Segredo... (18º Capitulo)


18º Capitulo

A semana passa devagar, na segunda-feira Bill vai ser operado. Já não me telefona, agora quem me telefona é Tom e fala pelos dois. Bill não consegue falar.
Passo os dias em aulas, mas passo o tempo todo das aulas a olhar para o telemóvel para onde Tom e Bill estão constantemente a enviar fotos e vídeos seus, dos seus dias sozinhos em casa.

Sinto muito a vossa falta…

É domingo, dou aula de dança de manhã. No fim da aula sento-me no chão no meio daquela sala com as paredes cobertas de espelhos. Vejo o meu reflexo em todos eles. Vejo um reflexo que me diz para voltar para a Alemanha. Que me diz que não tenho nada que me prenda em Portugal.
O telemóvel toca, é Tom.

- Olá Tom! – digo-lhe ao atender.

- Oi. Quero pedir-te uma coisa.

- Diz…

- Volta! O Bill anda insuportável desde que foste embora. Passa o dia fechado no quarto com aquele caderno que não deixa ninguém ver o que é.

- Mas ele parece-me bem quando estamos a falar no telemóvel ou na internet.

- São os únicos momentos em que noto que ele está feliz. A tua presença aqui fazia-lhe bem. Volta, por favor!

- Desculpa, Tom. Não posso. Tenho o meu trabalho, as aulas. Não posso ir embora agora.

- Está bem. Desculpa estar a chatear-te com isto. Beijinhos. Xau.

- Beijo. Xau Tom.

Desligo a chamada e deito-me no chão. Olho para o tecto, também ele coberto por um grande espelho.

Não me olhes assim.
Não posso largar tudo de repente, por pessoas que mal conheço.
Quando ele voltar à sua vida normal nem se vai lembrar de mim.


Levanto-me e arrumo as minhas coisas. Apanho o autocarro para casa, mas quase deixo passar a minha paragem, tão distraída que vou nos meus pensamentos.
Penso em Bill, nos dias na Alemanha com ele e Tom. Penso na sua operação, amanha.
Entro em casa absorta nos meus pensamentos e calco uma carta. Tinha sido colocada por baixo da porta. Um envelope grande e selado. Sem remetente.
Abro o envelope, dentro está uma fotografia bastante nítida, minha e do Bill no aeroporto. Por trás está escrito:
Eu disse-te que tinha a certeza que eras tu. Volta para mim ou a fotografia vai parar à imprensa.

Sento-me no sofá, a pensar. Não sei o que fazer. Se a notícia for para os jornais estrago a minha vida e a do Bill.

Não posso continuar assim.
Tenho de mudar a minha vida.
O meu destino sou eu que o faço.

Deito-me no sofá e acabo por adormecer.

Um Seat Ibiza preto vai a grande velocidade na auto-estrada. O condutor ri-se com o que tinha acabado de fazer. Põe a música muito alto e canta, festejando o seu recente feito. Acelera ainda mais. O conta quilómetros mede agora 220 km/hora.
Um camião trava de repente na sua frente. A velocidade é muita, os travões não chegam para parar o carro. Bate contra o camião fazendo o carro explodir.


Acordo. Vejo que estou dentro de minha casa, deitada no meu sofá. Tomei uma decisão. Pode não ser a correcta, mas é o que o meu coração me diz neste momento.Pego no telemóvel.

3 comentários:

Anónimo disse...

adorei o pego no telefone!!!!!!!


ta lindahhh



komo eu adoro esta fic


kada vex melhor kada vex + emocionante!!!!!!!

Anónimo disse...

OMG!!!
Amu, kero mais!!! *.* P favorr!!!
Küss

PS:Tou bué curiosa e desesperada para k saia o proximo!!!
*********

Amy Allen disse...

pego no telemovel...


quero mais, ta muita gira !!!


kuss

PS- passa pelo meu blog e comenta a fic plz ! www.thtokiohotelfans.blogspot.com