1º Capítulo
- NÃO!!!!!!!!!!!!!!!!
Abro os olhos, tudo à minha volta está escuro, estou deitada na minha cama, são 3horas da madrugada. Outra vez o sonho, todas as noites o mesmo sonho à 1 ano que sou atormentada por este sonho todas as noites. Sonho é maneira de falar, por este pesadelo.
Vejo o carro dos meus pais desviar-se e o outro carro desgovernado bater nele. Apenas sobreviveu o condutor do outro carro.
*flashback*
- Estou sim?
- Menina Cristina?
- Sim, sou eu. Quem fala?
- Daqui é do Hospital de São João no Porto, lamento informa-la que os seus pais faleceram num acidente de viação na A1.
*End flashback*
Nunca me vou esquecer dessas palavras, ficaram gravadas na minha memória como fogo. O dia mais infeliz da minha vida, o funeral, os pêsames de pessoas que eu nem sequer conhecia.
A minha madrinha queria que fosse viver com ela, não aceitei. Arranjei emprego. Ou melhor, vários. Trabalho num bar às sextas, sábados e domingos à noite, e recebo extras quando faço apresentações de hip hop com o meu antigo coreógrafo, para além disso dou explicações aos sábados durante todo o dia e dou aulas de dança a crianças e jovens aos domingos de manhã. Fico estourada, mas tem de ser, se quero acabar o meu curso tenho de fazer sacrifícios.
Na altura pensei em abandonar a universidade, em abandonar tudo, mas depois lembrei-me que estaria a dar um grande desgosto aos meus pais se o fizesse, eles que lutaram tanto para eu poder seguir o meu sonho.
Tento voltar a dormir, mas não consigo, levanto-me e abro as malas, verifico se está lá tudo o que preciso. Está tudo. Não me falta nada, também é só um dia de viagem. Vou a Lisboa para um casting para uma sessão fotográfica de uma marca de roupa. Tenho de me levantar às 5 horas da manhã, já não vale a pena tentar dormir.
(…)
Caminho sozinha pelas ruas de Lisboa. Já fiz o casting, eles disseram que me telefonavam se fosse escolhida para a sessão. Só faço isto pelo dinheiro que me faz bastante jeito, o mundo da moda não me fascina, para mim é um mundo de falsidade.
Vejo o Pavilhão Atlântico ao longe, hoje é dia 16 de Março, vão actuar lá uma das minhas bandas favoritas. Não posso ir. Não posso gastar dinheiro com essas coisas.
Um autocarro encosta na berma ao meu lado e um homem faz-me sinal para me aproximar da porta. Com algum receio aproximo-me. Um homem de cabelo castanho e que aparenta cerca de trinta anos sai da porta que, devagar, se abre entre nós os dois. Diz qualquer coisa numa língua estranha para dentro do autocarro, é alemão, tenho a certeza. Depois vira-se para mim e fala-me em inglês:
- Bom dia! Será que nos podia ajudar, por favor?
- Bom dia! Não sou daqui mas se estiver ao meu alcance, ajudo com todo o gosto. – respondi-lhe sorrindo, o senhor era simpático.
- Bem, é que nós precisávamos de chegar ao Pavilhão Atlântico. Mas estamos um pouco perdidos. Será que nos podia ajudar? – pergunta-me, também ele sorrindo.
- Claro! O Pavilhão é aquele edifício que se vê ali ao longe. – digo-lhe apontando para o local. Ele olha para onde lhe indico e sorri.
- Muito obrigado. Afinal estamos perto. Desculpe o incomodo.
Nesse momento ouve-se uma outra voz falar dentro do autocarro. Falava alemão. O homem responde-lhe na mesma língua e faz cara de descontente. É então que surge um vulto na porta do autocarro por trás do homem.
(continua)
- NÃO!!!!!!!!!!!!!!!!
Abro os olhos, tudo à minha volta está escuro, estou deitada na minha cama, são 3horas da madrugada. Outra vez o sonho, todas as noites o mesmo sonho à 1 ano que sou atormentada por este sonho todas as noites. Sonho é maneira de falar, por este pesadelo.
Vejo o carro dos meus pais desviar-se e o outro carro desgovernado bater nele. Apenas sobreviveu o condutor do outro carro.
*flashback*
- Estou sim?
- Menina Cristina?
- Sim, sou eu. Quem fala?
- Daqui é do Hospital de São João no Porto, lamento informa-la que os seus pais faleceram num acidente de viação na A1.
*End flashback*
Nunca me vou esquecer dessas palavras, ficaram gravadas na minha memória como fogo. O dia mais infeliz da minha vida, o funeral, os pêsames de pessoas que eu nem sequer conhecia.
A minha madrinha queria que fosse viver com ela, não aceitei. Arranjei emprego. Ou melhor, vários. Trabalho num bar às sextas, sábados e domingos à noite, e recebo extras quando faço apresentações de hip hop com o meu antigo coreógrafo, para além disso dou explicações aos sábados durante todo o dia e dou aulas de dança a crianças e jovens aos domingos de manhã. Fico estourada, mas tem de ser, se quero acabar o meu curso tenho de fazer sacrifícios.
Na altura pensei em abandonar a universidade, em abandonar tudo, mas depois lembrei-me que estaria a dar um grande desgosto aos meus pais se o fizesse, eles que lutaram tanto para eu poder seguir o meu sonho.
Tento voltar a dormir, mas não consigo, levanto-me e abro as malas, verifico se está lá tudo o que preciso. Está tudo. Não me falta nada, também é só um dia de viagem. Vou a Lisboa para um casting para uma sessão fotográfica de uma marca de roupa. Tenho de me levantar às 5 horas da manhã, já não vale a pena tentar dormir.
(…)
Caminho sozinha pelas ruas de Lisboa. Já fiz o casting, eles disseram que me telefonavam se fosse escolhida para a sessão. Só faço isto pelo dinheiro que me faz bastante jeito, o mundo da moda não me fascina, para mim é um mundo de falsidade.
Vejo o Pavilhão Atlântico ao longe, hoje é dia 16 de Março, vão actuar lá uma das minhas bandas favoritas. Não posso ir. Não posso gastar dinheiro com essas coisas.
Um autocarro encosta na berma ao meu lado e um homem faz-me sinal para me aproximar da porta. Com algum receio aproximo-me. Um homem de cabelo castanho e que aparenta cerca de trinta anos sai da porta que, devagar, se abre entre nós os dois. Diz qualquer coisa numa língua estranha para dentro do autocarro, é alemão, tenho a certeza. Depois vira-se para mim e fala-me em inglês:
- Bom dia! Será que nos podia ajudar, por favor?
- Bom dia! Não sou daqui mas se estiver ao meu alcance, ajudo com todo o gosto. – respondi-lhe sorrindo, o senhor era simpático.
- Bem, é que nós precisávamos de chegar ao Pavilhão Atlântico. Mas estamos um pouco perdidos. Será que nos podia ajudar? – pergunta-me, também ele sorrindo.
- Claro! O Pavilhão é aquele edifício que se vê ali ao longe. – digo-lhe apontando para o local. Ele olha para onde lhe indico e sorri.
- Muito obrigado. Afinal estamos perto. Desculpe o incomodo.
Nesse momento ouve-se uma outra voz falar dentro do autocarro. Falava alemão. O homem responde-lhe na mesma língua e faz cara de descontente. É então que surge um vulto na porta do autocarro por trás do homem.
(continua)
3 comentários:
Que lindo!
Começas-te logo a por suspanse no primeiro capitulo... gosto de isso nas fic's!
Fica bem!
Espero pelo segndo capitulo
Ja tinha lido uma on shot tua e adorei e entao resolvi ler a tua fanart.
Adoro a maneira como escreves!
Continua ;)
*
oi... coloquei a tua shot no emu blog... com os devidos creditos claro... ta na secção de FanZone, o blog é http://tokiohotelnewsblog.blogspot.com/
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